O Acidente
Tenho acompanhado a trajectória da escrita poética de Jorge Gomes Miranda (n.1965). Este ano saiu na Assírio&Alvim “O Acidente”. Explicito que custa 8 €. Vale muito mais.
O nome não sei muito bem de onde nasce.Cada poema, e são vinte e um, tem como título um objecto, e falamos de objectos contemporâneos, banais e frequentes, um copo, uma mola de roupa, o computador, o telemóvel. O último poema é sobre este horrível objecto. E termina:
“Ainda assim, hoje não pretende levar
ao extremo o silêncio,
e depois de inserir o código,
marcar o número, encosta o ouvido esquerdo a
um búzio
e o mar responde.”
Antes, neste livro superlativo:
“Olha para o seu lado esquerdo.
Removida do rosto uma sombra,
Outra, ainda sem nome,
Investe já contra a pele.”
Nome do poema? “Lâmina de barbear”.
O nome não sei muito bem de onde nasce.Cada poema, e são vinte e um, tem como título um objecto, e falamos de objectos contemporâneos, banais e frequentes, um copo, uma mola de roupa, o computador, o telemóvel. O último poema é sobre este horrível objecto. E termina:
“Ainda assim, hoje não pretende levar
ao extremo o silêncio,
e depois de inserir o código,
marcar o número, encosta o ouvido esquerdo a
um búzio
e o mar responde.”
Antes, neste livro superlativo:
“Olha para o seu lado esquerdo.
Removida do rosto uma sombra,
Outra, ainda sem nome,
Investe já contra a pele.”
Nome do poema? “Lâmina de barbear”.
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